O Liftera, ultrassom microfocado, quando combinado com bioestimuladores de colágeno como o Sculptra®, proporciona um tratamento estético avançado, seguro e eficaz para quem busca rejuvenescimento e firmeza da pele. No entanto, esse processo exige paciência, pois os resultados completos levam de 3 a 6 meses para se tornarem visíveis. Este blog explora as razões científicas e fisiológicas por trás desse período de espera, detalhando cada fase do tratamento e a importância da combinação do ultrassom microfocado com bioestimuladores para resultados duradouros.
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Índice
O Processo Gradual de Estímulo e Regeneração de Colágeno
A razão principal para a demora nos resultados finais do ultrassom microfocado com bioestimuladores está na biologia do próprio colágeno e na forma como ele é produzido e reorganizado nas camadas profundas da pele. O tratamento com Liftera cria microlesões controladas em pontos específicos da pele, desencadeando uma resposta natural de cicatrização e reparo. Esses pontos, localizados em profundidades de até 4.5 mm, geram um processo conhecido como neocolagênese, ou seja, a criação de novo colágeno (Sasaki & Tevez, 2012; Gutowski, 2016).
Após o tratamento, o organismo inicia o processo de regeneração do tecido cutâneo, que segue várias etapas de resposta inflamatória e reparação. Os fibroblastos, células responsáveis pela produção de colágeno, são ativados e começam a produzir novas fibras, o que leva semanas e até meses para alcançar o efeito desejado na pele (Lobo et al., 2023; Dierickx, 2006). Esse processo é gradual e contínuo, promovendo uma remodelação natural do colágeno que resulta em maior firmeza e elasticidade.
Etapas de Produção de Colágeno e a Ação do Ultrassom Microfocado
O ultrassom microfocado desencadeia uma resposta imediata de aquecimento e microlesões, o que ativa a produção de proteínas de choque térmico (HSPs) e inicia o processo de reparação da pele. Abaixo estão as principais etapas desse processo:
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Fase Inflamatória (Primeiras Semanas)
Imediatamente após o tratamento, ocorre uma resposta inflamatória local que dura de alguns dias a semanas. Esse estágio envolve a migração de células de defesa e de fibroblastos para os locais de microlesão. As proteínas de choque térmico, que protegem as células contra danos e promovem a estabilidade celular, também são ativadas nesta fase, preparando o ambiente para o início da produção de colágeno (Pissurno, 2022; Alster & Lupton, 2007). -
Fase de Proliferação (1 a 3 Meses)
Com o ambiente celular preparado, os fibroblastos começam a produzir colágeno em quantidade crescente. A produção de colágeno tipo I e elastina atinge o pico durante este período, o que gradualmente aumenta a densidade e a firmeza da pele (Gutowski, 2016). É nesta fase que os primeiros resultados começam a aparecer, mas ainda de forma sutil, pois as fibras de colágeno ainda estão se organizando. -
Fase de Remodelação (3 a 6 Meses)
A etapa final envolve a reorganização das fibras de colágeno recém-produzidas, resultando em uma pele mais firme, densa e com melhor elasticidade. Durante essa fase, as fibras são realinhadas e ganham mais estabilidade, proporcionando um efeito lifting natural e duradouro. É por isso que os resultados finais do tratamento podem ser observados de forma plena somente após 3 a 6 meses (Luccia & Gotardo, 2023; Dos Santos Vianna Néri et al., 2022).
O Papel dos Bioestimuladores na Potencialização dos Resultados
A combinação do ultrassom microfocado com bioestimuladores, como o Sculptra® (ácido poli-L-lático), oferece uma dupla ação que amplifica os efeitos de firmeza e rejuvenescimento. Enquanto o ultrassom estimula a pele em camadas profundas, os bioestimuladores injetados atuam como catalisadores, fornecendo ao organismo os “ingredientes” necessários para produzir colágeno de forma mais eficaz (Lobo et al., 2023; Dal Piva & Fraporti, 2024).
O ácido poli-L-lático, por exemplo, atua como um “preenchedor” temporário que desencadeia uma resposta gradual de produção de colágeno. Ele permanece na pele durante meses, sendo lentamente absorvido enquanto o novo colágeno é sintetizado. Esse processo leva tempo, mas resulta em uma melhora significativa na firmeza e densidade da pele, com efeito prolongado e duradouro.
Expectativas Realistas: O Que Observar nos Primeiros Meses Pós Liftera
Nos primeiros 1 a 2 meses após o tratamento, é comum observar apenas uma leve melhoria na textura e na firmeza da pele, que podem variar de acordo com a resposta individual. Com o passar do tempo, a remodelação do colágeno continua, e os resultados se tornam mais evidentes por volta do terceiro mês, atingindo o ápice entre 4 e 6 meses. Esse intervalo é essencial para garantir que o colágeno se desenvolva e se estabilize adequadamente, promovendo um efeito duradouro e natural (Gutowski, 2016; Alster & Lupton, 2007).
Além disso, fatores como idade, genética e estilo de vida influenciam o ritmo da resposta ao tratamento. Pacientes mais jovens tendem a apresentar resultados mais rápidos, enquanto pessoas mais velhas podem perceber os efeitos de forma mais gradual. De qualquer maneira, o ultrassom microfocado e os bioestimuladores proporcionam um rejuvenescimento progressivo que melhora ao longo do tempo (Dos Santos Vianna Néri et al., 2022; Luccia & Gotardo, 2023).
Conclusão: Pacientes que Optam por Esperar Colhem Resultados Duradouros
O ultrassom microfocado combinado com bioestimuladores é uma abordagem cientificamente respaldada para melhorar a firmeza e rejuvenescimento da pele. Apesar da espera de 3 a 6 meses para resultados completos, essa espera se justifica pelo processo natural e gradual de produção e remodelação do colágeno. A tecnologia do ultrassom microfocado cria uma base sólida que os bioestimuladores reforçam, proporcionando um efeito lifting duradouro e uma pele visivelmente mais jovem e firme.
A paciência é um elemento-chave para colher os melhores resultados, e aqueles que aguardam o período completo de 6 meses observam uma melhora natural e notável, com efeitos que se prolongam e minimizam a necessidade de intervenções repetidas.
Referência:
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Dos Santos Vianna Néri, J. et al. (2022). Aplicação do Ultrassom Microfocado no Rejuvenescimento Facial: Uma Revisão da Literatura. International Journal of Science Dentistry, 1(60), 137–146. DOI: https://doi.org/10.22409/ijosd.v1i60.54172
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Gutowski, K. A. (2016). Microfocused Ultrasound for Skin Tightening. Clinics in Plastic Surgery, 43(3), 577–582. DOI: https://sci-hub.se/10.1016/j.cps.2016.03.012
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Sasaki, G. H., & Tevez, A. (2012). Microfocused Ultrasound for Nonablative Skin and Subdermal Tightening to the Periorbitum and Body Sites: Preliminary Report on Eighty-Two Patients. Journal of Cosmetics, Dermatological Sciences and Applications, 2(2), 108–116. DOI: http://dx.doi.org/10.4236/jcdsa.2012.222022
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Wulkan, A. J., Fabi, S. G., & Green, J. B. (2016). Microfocused Ultrasound for Facial Photorejuvenation: A Review. Facial Plastic Surgery (FPS), 32(3), 269–275. DOI: http://dx.doi.org/10.1055/s-0036-1584129
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Pissurno, L. de L. (2022). Ultrassom Microfocado: A Biotecnologia em Prol da Estética Criando a Ruptura do Envelhecimento Cronológico e Melhoria da Flacidez Tissular. TCC, Universidade Presidente Antônio Carlos. Link
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Luccia, F. di, & Gotardo, L. (2023). A Eficácia do Ultrassom Microfocado no Envelhecimento Cutâneo. Revista Científica de Estética e Cosmetologia, 3(1), E1062023 – 1. DOI: https://doi.org/10.48051/rcec.v3i1.106
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Alster, T. S., & Lupton, J. R. (2007). Nonablative Cutaneous Remodeling Using Radiofrequency Devices. Clinics in Dermatology. DOI: http://dx.doi.org/10.4236/jcdsa.2012.222022
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Dierickx, C. C. (2006). The Role of Deep Heating for Noninvasive Skin Rejuvenation. Lasers in Surgery and Medicine. DOI: http://dx.doi.org/10.1002/lsm.20446
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Lobo, B., Veronezi, L., Nogueira, M., Rabelo, C., Ribeiro, H., Maia, J., Montezuma, G., & Santos, M. (2023). Association of Sculptra with Microfocused Ultrasound for Facial Rejuvenation. Health and Society, 3, 496-506. DOI: https://doi.org/10.51249/hs.v3i06.1795
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Dal Piva, A. K. F., & Fraporti, L. (2024). Bioestimulador de Colágeno. Revista do Centro Universitário FAI – UCEFF Itapiranga – SC, Centro de Ciências da Saúde, 3(1), Resumo Expandido. DOI: https://revistas.uceff.edu.br/reviva/article/view/400/524
A avaliação médica é essencial para compreender as queixas do paciente, identificar problemas dermatológicos e considerar suas características individuais, como anatomia, tipo de pele e reações a substâncias utilizadas. Com base nisso, é possível determinar as técnicas adequadas para valorizar naturalmente as características do rosto, pele e corpo.
A escolha de um Dermatologista é crucial para realizar uma análise minuciosa das regiões em desarmonia no paciente e determinar as técnicas necessárias, seja aumentando o volume, corrigindo ângulos ou simetria. Com um plano de tratamento personalizado e exclusivo, é possível atender às necessidades específicas de cada paciente respeitando seus limites.
Dra. Renata Ralha Dermatologista Clínica, Estética e Capilar , CRM: 52-84102-1 RJ, RQE N°: 28115
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